sábado, 30 de outubro de 2010

“Lula é um gênio do povo”

Maria da Conceição Tavares é daquelas figuras “maiores que a vida”. Aos 80 anos, a fumar ininterruptamente na sua casa do bairro carioca Cosme Velho, tem algo de Indira Gandhi ou Churchill. Voz e riso de trovão, olhar agudo, resposta incisiva. Respeitada em todo o espectro político como economista e pensadora, é uma das grandes conselheiras do PT. Nunca quis ser ministra porque diz tudo o que pensa.
Portuguesa, nascida em Anadia, crescida em Lisboa, filha de um anarquista que alojava refugiados da Guerra Civil de Espanha, veio casada e grávida para o Brasil, aos 21 anos, por causa de Salazar. Desde então, ao longo de 60 anos, formou gerações de economistas e líderes políticos, incluindo Lula.
A senhora deve ser a única pessoa no Brasil que consegue juntar no aniversário dos seus 80 anos….
Os dois candidatos à presidência da República! [ri-se]
… Dilma Rousseff e José Serra.
Mas o clima estava muito bom. Eles nunca se trataram mal, nem nada. Eram pessoas civilizadas, que se tratavam bem. A campanha é que despertou essa trapalhada. A noite [do aniversário, 24 de Abril] correu perfeita. Nem se discutiu política. Foi uma festa.
Eles sempre tiveram boa relação?
Não que sejam amigos pessoais, como eu sou amiga dos dois. Mas sempre tiveram boa relação. O Serra era um sujeito civilizado. Não sei o que deu na cabeça dele agora.
Conhece-o muito bem… Desde 1968.
… se tivesse de explicar quem é José Serra, o que diria?
Um bom economista. Ambos éramos do PMDB, a frente democrática contra a ditadura. E ele saiu para fundar, com o [Mário] Covas e o Fernando Henrique [Cardoso], o PSDB, uma espécie de ala esquerda. Muita gente não acompanhou isso. Eu, por exemplo, não fui porque não faço muita fé no Fernando Henrique, que sempre foi meio dúbio, trapalhão. O Covas é que era o homem importante. Morreu. E aí… A partir do momento em que Fernando Henrique foi para o poder, o Serra manteve a posição dele como economista contra a política neoliberal.
Porque é que acha o Fernando Henrique “meio dúbio”?
Diz uma coisa para agradar a uns e outra para agradar a outros. Não fazia política, mas era um político na academia. E o Serra não, sempre foi muito “straight”, muito direito.
Nessa faixa média alta, o Lula é frequentemente descrito como um ignorante, ou um populista.
Primeiro, não é populista porque é do povo. Populista seria um cara da elite que estivesse manipulando o povo. Ele ascendeu do povo, e foi sendo feito pelo povo.
Depois, ignorante, coisa nenhuma. O Lula sabe mais do Brasil do que ninguém. E sabe mais de economia aplicada, prática, do que ninguém. Já é candidato desde 1989. Então, na primeira derrota fez o Instituto de Cidadania, uma espécie de ONG, e convidava todos os intelectuais. Eu conhecia-o de vista, mas aí passei a ser assessora dele. Eu, uma série de economistas progressistas, filósofos, sociólogos.
Era uma espécie de academia informal?Claro. De maneira que ele fez uma “universidade” que durou de 1989 a 2002.
Como “aluno”, como era?
Ah, brilhante, brilhante. Tem uma memória prodigiosa. E quando havia discussão académica e ele percebia que as questões estavam resvalando, não deixava. Ele vai no gume. Tem um sentido de oportunidade muito afiado, uma mente muito lógica. Isso é que é impressionante. Tem um coração popular, uma emoção popular, mas a cabeça dele é totalmente lógica. É dos homens mais inteligentes que conheci. Se não o mais.
Diria que o Lula é talvez o homem mais inteligente que conheceu?
Sem dúvida. E não apenas politicamente. É uma inteligência nata. É um génio do povo. Nós tivemos um génio do povo. Se não, não teria chegado lá. Você acha que alguém vindo de onde ele veio, com as dificuldades que teve, chega a presidente? Não. Ele é um génio do povo, mesmo, e impressiona qualquer um.
A senhora tem uma frase que é: “O Lula é o maior intelectual orgânico do Brasil.”
Os intelectuais como eu são clássicos. E ele é orgânico. Interpreta e representa organicamente o povo brasileiro.

*Carta Capital

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Dilma: Hoje é dia de abraçar o presidente de todos

O aniversário de 65 anos do presidente Lula nesta quarta-feira movimenta o Twitter e levou as expressões "luladay" à primeira posição do ranking mundial de assuntos mais comentados no microblog. A data, a mesma em que há oito anos ele foi eleito presidente, também deve marcar o "Dia Nacional de mobilização para conseguir a vitória de Dilma" organizado pela campanha petista.
Pela manhã, durante a entrega da última fase das obras da reconstrução do cais do Porto de Itajaí, em Santa Catarina, o presidente ganhou três tortas de aniversário e cantou "parabéns para você".
O presidente Lula deve comemorar o aniversário às 19h30m com um bolo no Palácio da Alvorada ao lado de militantes e da candidata Dilma Rousseff (PT). Depois, ainda terá um jantar com ministros, amigos e familiares.
No Twitter, políticos aliados parabenizaram Lula e pediram aos eleitores para votar na candidata Dilma Rousseff como um presente para o presidente.
"Hoje é dia de abraçar o melhor presidente que este país já teve, que completa 65 anos. Parabéns, presidente!", afirmou Dilma em seu Twitter.
- Hoje é dia de mobilização. Feliz aniversário Presidente Lula! - disse o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra.
- Dê um presente ao Lula. Conquiste mais um voto para Dilma na rua - pediu o ministro das Relações Institucionais Alexandre Padilha.
- Hoje é dia de homenagearmos uma das maiores lideranças políticas da história do Brasil e da América Latina. Parabéns ao nosso grande Presidente Lula! - comemorou o governador eleito do Rio Grande do Sul, Tarso Genro.
- Parabéns presidente Lula, seu presente virá no domingo temos certeza, seu projeto seguirá mudando nosso país - afirmou o senador Paulo Paim (PT-RS).
A campanha "Dê a vitória de Dilma de presente a Lula" foi definida na reunião da Executiva Nacional do PT no início da semana e desde quinta-feira os principais coordenadores vem levando o mote às redes sociais.
Lula também já está integrado à mobilização e tem pedido a eleição de Dilma como presente de aniversário em todos os comícios do segundo turno. Em Goiânia essa semana, disse que na verdade o presente não seria para ele, mas para 190 milhões de brasileiros.


terça-feira, 26 de outubro de 2010

Dilma vez por todas: Caminhada dia 29, sexta-feira

Além de criarem boatos, tucanos falsificam manifesto

Um manifesto pró-Dilma Rousseff, acompanhado de uma lista de nomes de autoridades e figuras ligadas à área de esporte, foi "adulterado" e transformado em documento pró-José Serra, acusam petistas. A mensagem modificada, que circula pela internet, defende o voto no tucano, reunindo os nomes do ministro do Esporte, Orlando Silva, da deputada federal Manuela d'Ávila (PC do B-RS) e do presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, entre outros.
A existência do manifesto original foi confirmada por três pessoas da lista: a deputada Manuela, o ex-jogador de futebol Bobô e o ex-campeão mundial de boxe Acelino "Popó" Freitas. Todos defendem o voto em Dilma. O ministro Orlando Silva não foi localizado pela reportagem.
Segundo Manuela, haverá um lançamento regional do manifesto pró-Dilma em Porto Alegre, no dia 28, sem a participação da presidenciável. A coleta de assinaturas teria começado há cerca de 10 dias, a partir de contatos da militância por telefone e e-mails. O objetivo, afirma "Popó", era criar uma corrente de mensagens, permitindo que o manifesto chegasse a diversos contatos da rede mundial de computadores.
"Fiquei surpreso, hoje não se tem mais controle sobre essas coisas", disse ao Estado o ex-boxeador, que concorreu a deputado federal nestas eleições pelo PRB baiano. "Ando para cima e para baixo com o meu carro, que tem adesivo da Dilma."
O manifesto, convertido em pró-Serra, foi enviado por um suposto Marcelo Dutra. O Estado enviou e-mail ao remetente da mensagem "adulterada", mas não obteve resposta.
A versão pró-Serra traz modificações pontuais à original. Já no início, diz que "atletas, dirigentes, profissionais de educação física e amantes do esporte nos unimos para apoiar José Serra", enquanto na original é citado o nome de Dilma. Em outro trecho, ao mencionar o programa Bolsa Atleta e a Lei de Incentivo ao Esporte, o texto afirma que essas ações foram "grandes conquistas do governo do PSDB".

domingo, 24 de outubro de 2010

Dilma se diz emocionada com carreata no Rio

Depois de 1 hora e 40 minutos percorrendo ruas de Realengo, Padre Miguel e Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro, a carreata da candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, terminou sem a petista falar com a imprensa.
No entanto, antes de ir embora, ela comentou rapidamente que estava emocionada com o ato. "Foi uma coisa maravilhosa, que é algo que fortalece. Uma energia que sobe e passa pela gente toda. Um final de campanha para cima", disse Dilma, já entrando na van, que a levou embora.
Cercado pela imprensa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que acompanhou todo o evento, também não quis dar entrevista. Ele disse apenas que a carreata foi importante para a campanha. "A zona oeste do Rio é um local especial para se fazer campanha", afirmou Lula. O presidente pediu para que a carreata parasse em pelo menos três ocasiões ao longo dos 12 quilômetros percorridos para cumprimentar eleitores. Ele colocou a mão no ombro direito algumas vezes queixando-se de dores no local. De acordo com a assessoria de Dilma e da Presidência da República, os dois não terão mais compromissos oficiais no Rio hoje.




Capa da Veja: "Os agressores do meu queridinho"

sábado, 23 de outubro de 2010

Campanha se faz com gente nas ruas, e não com boatos

Dilma: Oposição tentará criar mentiras e calúnias

A candidata Dilma Rousseff recomendou ontem, 22/10, no comício em Uberlândia (MG), que a militância não aceite provocações na reta final da campanha eleitoral. Embora a campanha do PSDB tente “semear o ódio”, lançando mentiras e calúnias, Dilma afirmou que o Brasil é um país democrático e tolerante, e o brasileiro, um povo trabalhador e pacífico. Ela alertou ainda para as falsas promessas apresentadas por José Serra.
“O meu adversário põe pele de cordeiro e diz que ele representa a continuidade. Vamos lembrar que ele passou oitos anos fazendo a oposição mais ferrenha contra nós. E eu queria avisar vocês que de hoje até o dia da eleição vão tentar criar mentiras, falsidades e calúnias contra minha candidatura”, disse a candidata, no comício.
No palanque ao lado de Dilma, o presidente Lula afirmou que é preciso grandeza quando a derrota está próxima e que a “turma da Dilma” não pode ser acusada de patrocinar agressões contra a campanha adversária.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Dilma recebe apoio de prefeitos do PV, DEM, e PSDB

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, recebeu na tarde desta sexta-feira (22) apoio de prefeitos de várias capitais brasileiras e o candidato do PV ao governo de Minas Gerais, José Fernando Aparecido, durante evento de campanha em Belo Horizonte.
Entre os prefeitos de capitais presentes ao encontro estavam Nelson Trad Filho (PMDB) de Campo Grande (MS), Raul Filho (PT) de Palmas (TO), Raimundo Angelim (PT) de Rio Branco (AC), Roberto Sobrinho (PT) de Porto Velho (RO), Luizianne Lins (PT) de Fortaleza (CE) e Edvaldo Nogueira (PCdoB) de Aracaju (SE).
“Eu peço aos companheiros que votaram na Marina no primeiro turno que votem na Dilma”, disse Aparecido. Segundo ele, Dilma “representa o compromisso com o meio ambiente e o social”.
A prefeita de Natal (RN), Micarla de Sousa (PV), também anunciou seu apoio a Dilma. “Eu sei que sou a última prefeita de uma capital a manifestar apoio. Nós continuamos com o sonho de eleger uma mulher presidente. Eu trago aqui as palavras de muitos companheiros do Partido Verde”, afirmou.
O evento contou ainda com dissidências da coligação que apoia o candidato do PSDB à Presidência, José Serra. O prefeito de Itamonte, no sul de Minas, Marcos Tridon (PSDB), esteve no evento para anunciar seu apoio à petista.
“Eu acho que muito além de partido, eu estou trabalhando por um ideal”, afirmou. “O governo Lula fez os municípios deixarem de ser pontinhos e passarem a ser respeitados. Eu voto no que eu acredito e não no que o partido acredita”, afirmou o tucano
A prefeita de Capinópolis (MG), Dinair Maria Isaac, que é do DEM, também manifestou seu apoio a Dilma. “Receba através do meu abraço o abraço de todas as mulheres”, disse à candidata do PT.

* Com G1

Sérgio Guerra diga-me, está pesquisa presta?

Dilma: Salário da polícia e dos professores em São Paulo é menor que o do Piauí e de Sergipe

Dilma questionou o histórico de má gestão econômica dos tucanos nos tempos de FHC. e disse, “Estamos fazendo uma política econômica que deu certo. Os números demonstram isso. Ao contrário da política econômica do governo Fernando Henrique Cardoso que se caracterizou por taxas de inflação alta. Eles venderam R$ 100 bilhões de patrimônio público e a dívida saiu de 30% para 60% do PIB. Então, eu pergunto: que gestão financeira é essa que você vende o patrimônio e aumenta a dívida?”, argumentou.
Dilma afirmou que as promessas feitas pelo candidato do PSDB, de elevar o salário mínimo para R$ 600 ou dar aumento de 10% para os aposentados, devem ser levadas com desconfiança por não apontarem fontes orçamentárias para essas despesas e pelo histórico dos tucanos.
“Toda e qualquer proposta que diz que vai aumentar o gasto e não mostra quem vai financiar a gente tem que olhar com muita desconfiança. Ainda mais partindo de quem parte, porque os governos tucanos, tanto no Brasil quanto em São Paulo, se caracterizaram por políticas de arrocho salarial. A diferença da nossa é que damos aumentos sistemáticos, nós fazemos uma política consistente de elevação do salário mínimo. São Paulo, o estado mais rico do país, tem salário de delegado menor que do Piauí e de Sergipe. Professor também”, comparou.
E completou: “Aí eu me pergunto, como você pode confiar numa promessa em que tudo feito antes é diferente da promessa?”.


quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Enquanto o governo Lula libera o fiador para o Fies, a turma do contra de Serra quer acabar com o ProUni

Dilma é aclamada nas ruas de três cidades da grande SP

Dilma Rousseff, candidata à presidência, levou milhares de pessoas às ruas hoje em três cidades da grande São Paulo. Foi uma clara demonstração de que os paulistas estão cada vez mais conscientes sobre a necessidade de se continuar avançando com o olhar social do PT e os partidos aliados.
No meio da tarde, Dilma chegou a Guarulhos, uma das maiores cidades da região metropolitana de São Paulo, e atraiu centenas de pessoas no calçadão Dom Pedro II. Trabalhadores, lojistas e ambulantes pararam suas atividades por alguns minutos para tentar chegar perto da candidata petista. Ela pode sentir o calor da militância e dos simpatizantes que ficaram muito próximos.
Minutos depois, Dilma foi a Suzano e numa breve carreata levou centenas de militantes no percurso entre duas as principais praças do município. Lá, a petista fez um breve discurso, agradecendo a força que recebeu e pediu que todos trabalhem para levá-la à vitória no dia 31 e elegê-la a primeira mulher presidente do Brasil.
Em seguida, a candidata concluiu sua maratona no município de Ferraz de Vasconcelos. Novamente centenas de pessoas saíram de casa e lotaram as ruas percorridas pela caravana de Dilma. Crianças, mulheres e homens acompanharam a petista correndo ao lado do carro que a levava e, ao final, se aglomeraram para ouvir um breve discurso da candidata.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Eleger Dilma é asseugurar esta primavera democrática

Presidente da UNE: "Serra traiu os estudantes"

Professores e estudantes da PUC de São Paulo promoveram nesta terça-feira à noite um ato de apoio à candidatura de Dilma Rousseff (PT) que lotou o teatro da universidade, o Tuca. Críticas ao tucano José Serra deram o tom do evento, do qual Dilma não participou. Compareceram, entre outros, o candidato a vice em sua chapa, o deputado Michel Temer (PMDB), Frei Betto, o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos e a senadora eleita Marta Suplicy (PT-SP), além do assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, e do deputado José Eduardo Cardozo, coordenadores da campanha petista.
Gabriel Chalita, eleito deputado federal pelo PSB e que já foi tucano, classificou a campanha como "uma das mais feias" de todos os tempos por causa, segundo ele, da postura de Serra:
"A UNE continua defendendo Petrobras, universidade pública, ensino de qualidade. A UNE não traiu, como Serra, sua história"
O presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Augusto Chagas, atacou Serra como ex-presidente da entidade.
"Serra foi o único ex-presidente da UNE que veio a público para atacar a UNE, assim como atacou professores e a educação. Disse que a UNE mudou de lado, mas reafirmo que não. A UNE continua defendendo Petrobras, universidade pública, ensino de qualidade. A UNE não traiu, como Serra, sua história - disse ele.
Um manifesto que já teria mais de duas mil assinaturas de professores universitários de todo o país circula pela internet numa campanha contra Serra. Com o título "Manifesto em Defesa da Educação Pública", o texto afirma que os professores consideram um retrocesso as propostas e métodos políticos do PSDB. Assinaram o documento nomes como os professores Fábio Konder Comparato, Alfredo Bosi e Antônio Cândido, da USP, Ivana Bentes, da UFRJ, e a filósofa Marilena Chauí.
O manifesto afirma que o histórico de Serra como governante é "preocupante" e lembra que foi em sua gestão que a USP foi invadida por policiais armados, atirando bombas de gás lacrimogêneo. "Os salários dos professores de USP, Unicamp e Unesp vêm sendo sistematicamente achatados".

Padre fala a Serra: Isso não é jeito de fazer política

 A profanação de Serra, lamentavelmente

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Vox Populi dá 12 pontos de vantagem a Dilma

A candidata à presidência da República pelo PT, Dilma Rousseff, aparece na liderança da corrida presidencial com 12 pontos percentuais de diferença para seu principal adversário, José Serra (PSDB), segundo pesquisa Vox Populi divulgada nesta terça-feira (19). A petista tem 51% das intenções de voto contra 39% de Serra.
Na última pesquisa Vox Populi, realizada nos dias 10 e 11, a petista aparecia com 48% das intenções de voto contra 40% de Serra.
No novo levantamento, os votos brancos e nulos somam 6%, enquanto 4% não souberam ou não opinaram. A margem de erro da pesquisa é de 1,8 ponto percentual.
Considerando apenas os votos válidos - excluindo os votos brancos, nulos e indecisos -, Dilma soma 57% das intenções e Serra, 43%.
Encomendada pelo Internet Group do Brasil S.A., a pesquisa foi realizada entre os dias 15 e 17 de outubro, com 3000 entrevistados em todo País, e registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 14 de outubro de 2010, sob o número 36193/2010.

Ambientalistas pró-Marina apoiam Dilma

Apesar de a candidata derrotada do PV nas eleições, Marina Silva, ter oficializado no domingo (17) sua posição de “independência” em relação ao segundo turno da disputa presidencial, alguns dos principais ambientalistas do país que a acompanharam no primeiro turno decidiram lançar um manifesto de apoio à candidata Dilma Rousseff da coligação Para o Brasil Seguir Mudando.
O manifesto foi lido nesta segunda-feira (18) no Rio de Janeiro, durante o ato de apoio à petista organizado por intelectuais e artistas _ comandados por Chico Buarque, Leonardo Boff, Emir Sader e Eric Nepomuceno, no Teatro Casa Grande.
A leitura do manifesto de apoio dos ambientalistas e sua entrega à Dilma serão realizadas por Ivan Marcelo Neves, que é secretário-executivo do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais pelo Meio Ambiente e o Desenvolvimento Sustentável (FBOMS).
Neves, no entanto, esclarece que o manifesto é uma iniciativa individual de cada um dos dirigentes signatários e que o mesmo não trará a assinatura das entidades, organizações ou redes do movimento socioambientalista: “Dentro do FBOMS, por exemplo, existem setores que não são favoráveis a apoiar o candidato A ou B. Vamos respeitar essa diversidade, até porque não houve tempo para uma discussão aprofundada. Por isso, as manifestações de apoio são individuais”.
Mesmo não sendo assinado pelas entidades, o manifesto traz o apoio individual de respeitados dirigentes do movimento socioambientalista ligados a organizações como o Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), a Rede de ONGs da Mata Atlântica (RMA) e o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), entre outras, além do próprio FBOMS. Por isso, a divulgação do manifesto logo no dia seguinte ao anúncio da opção de Marina e do PV pela “independência” é vista com muitos bons olhos no comando da campanha de Dilma, que enxerga no documento um importante trunfo para conquistar parte dos votos destinados à candidata verde no primeiro turno.
No manifesto, obtido em primeira mão pela Rede Brasil Atual, os ambientalistas afirmam “assumir com firmeza política” o apoio a Dilma: “Mesmo considerando que o governo Lula não foi tão longe quanto poderia ir na área de meio ambiente, avaliamos como indiscutíveis os avanços deste em relação ao governo anterior, comandado pelo PSDB de Fernando Henrique Cardoso.
Consideramos também que a eventual eleição do candidato José Serra representaria um enorme e perigoso retrocesso nas políticas ambientais brasileiras”, diz o documento.
Apesar das críticas ao governo federal, os ambientalistas reconhecem os avanços conquistados pelo país: “Nos últimos oito anos, o Brasil avançou em suas políticas ambientais e se consolidou como um ator de primeira importância nas discussões internacionais sobre temas como mudanças climáticas, proteção à biodiversidade e preservação das florestas, entre outros. Nós avaliamos que as conquistas do país na área ambiental são méritos tanto da gestão de Marina Silva à frente do Ministério do Meio Ambiente quanto da gestão de Carlos Minc, que a substituiu no MMA”, diz o manifesto.

Com o Portal Vermelho

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Folhetos sujos partem do comando da campanha de Serra

A Polícia Federal apreendeu ontem, por determinação da Justiça Eleitoral, cerca de 1 milhão de panfletos que pregam voto contra o PT devido à posição favorável à descriminalização do aborto.
A gráfica que imprimia os jornais pertence à irmã do coordenador de infraestrutura da campanha de José Serra (PSDB), Sérgio Kobayashi. Arlety Satiko Kobayashi é dona de 50% da Editora Gráfica Pana Ltda, localizada no Cambuci, na capital paulista. A empresária também é filiada ao PSDB desde março de 1991, segundo registro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
O ministro do TSE Henrique Neves concedeu liminar para a apreensão dos panfletos atendendo a representação do PT para apuração de crime de difamação. O partido também pede investigação sobre quem pagou a impressão do material.
Sérgio Kobayashi atribuiu ontem a uma coincidência o fato de a gráfica Pana ter sua irmã como sócia. A assessoria da campanha de Serra negou qualquer relação entre o candidato e a produção dos panfletos, nem por meio de encomenda, financiamento ou indicação de gráfica.
Responsável pelo contato com a gráfica, Kelmon Luís de Souza afirmou que encomendou 20 milhões de panfletos em nome da diocese e que o dinheiro para a impressão veio de "doações pesadas de quatro ou cinco fiéis".
Bispos recuam
Os bispos que comandam a regional não quiseram falar após a apreensão dos panfletos. Cerca de 50 bispos paulistas se reuniram durante duas horas anteontem para redigir a nota que demonstra o recuo da regional. Eles avaliaram que o erro do texto de agosto, já retirado do site da regional, foi ter citado o PT e ter feito referência a Dilma.
"O erro que foi a apresentação de siglas partidárias. Isso não poderia ter acontecido", disse o bispo de Limeira, d. Vilson Dias de Oliveira.
O mar de lama se alastra com a colaboração direta dos coordenadores da campanha do candidato Serra, que não tem discurso, programas de governo e projetos para a nação, só dissimina na população sujeira e lama.


Presidente da Petrobras: Serra é risco de privatização

O brasileiro não quer ver a Petrobras privatizada
Governo FHC preparou privatização da Petrobras
PRESIDENTE DA EMPRESA DIZ AGIR "EM DEFESA" DA ESTATAL E NEGA ENTRAR NA DISPUTA POLÍTICA; PSDB TERIA "INIBIDO INVESTIMENTO"
O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, diz à Folha que o modelo de gestão da empresa no governo tucano (1995-2002) reduzia a exploração petrolífera, desmembrava a área de refino, inibia investimentos e deixava o custo para a empresa e o lucro para o setor privado.
"A continuidade daquela política levaria à privatização, ao desmembramento e a um enfraquecimento da Petrobras", afirmou.
Economista e petista, Gabrielli, 59, nega estar atuando em favor da agenda proposta pela candidata Dilma Rousseff, levando o peso da maior empresa brasileira para a disputa eleitoral.
"Estou defendendo a Petrobras", diz. "Quero discutir o mérito. O que se quer fazer da Petrobras? O que fazer com o pré-sal?"
Apesar de o tucano José Serra ter negado que pretenda privatizar a empresa e ter declarado que se compromete a fortalecê-la, o presidente da Petrobras diz duvidar.
Com salário de R$ 60 mil por mês, Gabrielli evita comentar se pretende permanecer na presidência da empresa numa eventual vitória de Dilma e nega ter chorado ao ser repreendido por ela, conforme adversários da petista afirmam.
Folha - Que elemento concreto o sr. tem para afirmar que o governo FHC tentou desmontar e vender a Petrobras? Isso não é uma politização e partidarização da empresa?
José Sergio Gabrielli - Não acredito que seja partidarização. Respondi a uma acusação feita pelo [David] Zylbersztajn sobre a Petrobras e sobre o regime futuro [da exploração de petróleo]. Tentei mostrar que o modelo de gestão da Petrobras no período do governo FHC levaria ao desmembramento, ao risco de inanição e à possível privatização da Petrobras.
A área exploratória da Petrobras era declinante. Se você continua declinando área exploratória, morre por inanição. Na segunda atividade mais importante, o refino, o que estava sendo feito era uma gestão de desmembramento, que permitiria a venda parcial das refinarias. Na geração elétrica, os contratos firmados claramente levavam a uma repartição. Todo o custo ficava com a Petrobras, e todo o lucro, com o setor privado.
A estrutura organizacional, fazendo com que se reproduzisse todo o sistema corporativo dentro de unidades de negócio estanques, exacerbadamente, era preparação clara para uma eventual privatização.
Uma pergunta que pode parecer esdrúxula: o sr. é a favor da legalização do aborto?
Não vou responder. Não entrarei nessa discussão.
O governo parece usar a questão da privatização do mesmo modo que setores conservadores colocaram o tema do aborto no debate eleitoral.
Não estou usando a questão da privatização. Sou presidente de uma empresa que está sendo atacada. Estou defendendo a empresa. Estou propondo a discussão do mérito. Quero saber qual o futuro da Petrobras. O que se quer fazer dela? O que fazer com o pré-sal?
Uma eventual vitória de Serra traria risco de privatização?
Se a política for a mesma [de FHC], sim. Vai levar ao desmembramento da Petrobras e, portanto, ao enfraquecimento da capacidade dela de fazer o grande investimento que ela tem.
Que diferença houve no Conselho de Administração da Petrobras com a substituição de Dilma pelo ministro Guido Mantega (Fazenda)?
Há uma continuidade de política. Não há diferença fundamental. Há diferença de estilo de pessoas.
Na questão de estilo, os adversários da Dilma dizem que o sr. chegou a chorar após ser repreendido por ela.
Isso é uma piada que foi colocada, ridícula. Nunca existiu isso.
Há relatos de cobranças duras que ela fez, e não só ao sr..
Ela é uma gestora que tem uma orientação muito clara para performance e resultado. Ela é muito executiva nesse sentido. Como todo executivo, cobra. E é normal que aconteça isso.
O sr. comanda uma empresa com milhares de acionistas e tem de responder a um governo com projeto político. Não há interesses contraditórios?
Acabamos de fazer uma capitalização na qual tivemos milhares de acionistas novos e bilhões de dólares adquiridos por acionistas fora do governo. Quer maior prova da aceitação da Petrobras?
E as críticas de que não foi um processo transparente?
Não houve nenhuma ação judicial. Nenhuma. Foi um sucesso em termos de demanda. Imediatamente depois, as ações se mantiveram estáveis. A variação que ocorreu na semana passada tem muito mais a ver com ajustes do portifólio de investidores em razão do aumento no IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Houve ajuste de investidores da Petrobras que queriam comprar títulos públicos, que venderam ações para transformar isso em reais, sem precisar pagar os 2%.
Na exploração do pré-sal, por que o sr. prefere o modelo de partilha [divisão do óleo extraído entre União e empresas vencedoras de leilões, com a Petrobras operando todos os blocos e com participação mínima de 30% nos consórcios] ao de concessão [licitação feita pelo governo pelo direito de exploração]?
Temos na Bacia de Santos, a área mais nova e a mais desconhecida, mais de 20 poços perfurados com sucesso. Temos sísmica de alta qualidade, conhecimento geológico de alta qualidade e produção contínua, desde maio de 2009. Vamos iniciar produção comercial agora no final de outubro, início de novembro. Portanto, o risco exploratório na área do pré-sal é mínimo. Em áreas de risco exploratório baixo, fazer a concessão é dar ao setor privado, às empresas que investirem, a maior rentabilidade.
A obrigatoriedade de a Petrobras ter no mínimo 30% dos blocos na definição do modelo de exploração do pré-sal, sejam rentáveis ou não, não a expõe a riscos?
Se fosse limitada a alguns projetos, poderia ter esse risco. Mas, como é para todos, é muito improvável que todos sejam ruins. O fato de você estar presente em todos, minimiza muito esse risco.

* (Reprodução da entrevista do Presidente da Petrobras a Folha)

domingo, 17 de outubro de 2010

Dilma: “Meu compromisso é livrar São Paulo do PCC”

Meu compromisso é livrar São Paulo do PCC, afirmou a candidata à presidência Dilma Rousseff, em referência à facção criminosa Primeiro Comando da Capital. No debate entre os presidenciáveis da Rede TV/Folha de São Paulo, Dilma ressaltou que a atuação do PCC decorre do “abandono da política de segurança pública” em São Paulo.
“Nós sabemos o que representou o abandono da política de segurança pública com o PCC dominando o tráfico a partir das prisões”, disse Dilma.
Segundo ela, além de manter os investimentos para fortalecer e reequipar a Polícia Federal, seu governo vai criar clínicas especializadas e credenciar as comunidades terapêuticas para o tratamento de dependentes em drogas. Dilma lembrou que há apenas 300 vagas nas clínicas de tratamento de São Paulo, para atender viciados que somam 300 mil.
“Se levar três meses para construir todas as vagas necessárias, vai levar um século para o candidato Serra tratar os viciados de São Paulo”, afirmou Dilma.
Ela alertou ainda que, como prefeito e governador de São Paulo, José Serra não resolveu o problema da Cracolândia, conhecido local no centro de São Paulo dominado por usuários de crack.
“A população de São Paulo conhece a Cracolândia. Não há uma política antidroga efetiva. Sabe onde colocamos o nosso dinheiro? Nós elevamos o gasto com a Polícia Federal que combate droga no Brasil fazendo apreensões sistemáticas”, disse Dilma.
Para a candidata, as administrações do candidato Serra são marcadas por programas pilotos, que atendem pouquíssimas pessoas. “Pouco para poucos. Nós fazemos muito para muitos.”

Dilma: sabemos quem se beneficia da central de boatos

A candidata Dilma Rousseff alertou hoje que a central de boatos e calúnias contra a sua candidatura continua ativa e está inclusive atuando contra os interesses do país. O caso mais recente foi a descoberta da gráfica responsável pela criação, confecção e distribuição de panfletos com mentiras sobre ela e o PT nas igrejas católicas de todo país.
Ontem, o PT de São Paulo denunciou a gráfica onde foram produzidos mais de 2 milhões de panfletos com a logomarca da Confrederação Naciolnal dos Bispos do Brasil (CNBB). Dilma disse que a prática constitui crime eleitoral, mas que não falaria sobre os culpados porque não é do seu feitio falar sem provas.
“Não posso [comentar], porque eu não sei direito quem é que mandou fazer panfleto. É crime eleitoral, vocês sabem perfeitamente que é crime eleitoral", disse. "Mas eu acho que tem central de boatos que vem fazendo uma espécie de ofensiva contra minha candidatura que é nitidamente ilegal, crime eleitoral, e merece ser investigada. Mas não posso entrar no mérito de quem fez, porque não é do meu feitio sair acusando sem ter investigação.”
Contudo, a candidata foi clara ao argumentar que o crime eleitoral em questão beneficia apenas uma pessoa. “Nós sabemos a quem beneficia, beneficia nosso adversário, é ele o único beneficiado”, disse

Campanha de Serra virou um mar de lama

Durante toda a madrugada deste domingo, na porta da gráfica Pana, no Cambuci, um grupo de 100 pessoas seguia de plantão – para evitar a distribuição dos panfletos, supostamente encomendados pelo bispo católico de Guarulhos, recheados de mistificação religiosa e de ataques contra a candidata Dilma Rousseff.
A gráfica Pana em seu contrato social tem como uma sócias Arlety Satiko Kobayashi que é filiada ao PSDB, desde 1991, vinculada ao diretório da Bela Vista - região central de São Paulo. Nenhum problema com a filiação de Arlety ao partido que bem entender. O problema é que a gráfica dela foi usada para imprimir panfletos aparentemente encomendados por um bispo, mas que “coincidentemente”, favorecem ao candidato do partido dela.
Na internet, durante a madrugada, outro plantão rolava: tuiteiros, blogueiros e leitores de todo o Brasil buscavam informações sobre os donos da gráfica, e sobre as possíveis conexões deles com o mundo político.
Uma das sócias da Gráfica Plana é do PSDB
Isso é crime eleitoral
Mais um detalhe: Arlety é também funcionária pública, tem cargo na Assembléia Legislativa de São Paulo. E tem um sobrenome com história entre os tucanos: Kobayashi. Paulo Kobayashi ajudou a fundar o partido, ao lado de Covas, foi vereador e deputado por São Paulo.
Arlety aparece como doadora da campanha de Victor Kobayashi ao cargo de vereador, em 2008. Victor concorreu pelo PSDB.
A conexão está clara. Os tucanos precisam explicar:
Por que o panfleto com calúnias contra Dilma foi impresso na gráfica de uma militante do PSDB?
Quem pagou: o bispo de Guarulhos, algum partido, ou a Igreja?
Onde seriam distribuídos os panfletos?
Onde estão os outros milhares de panfletos?
Serra lançou o passado de conquistas da democracia de uma geração no esgoto, e promoveu uma campanha movida a furor religioso.
Mais um capítulo da guerra suja travada nessa que já é a mais imunda eleição presidencial, desde a redemocratização do Brasil.
A campanha eleitoral deste ano está sendo rotulada como a mais nefasta depois da redemocratização do país, por culpa do candidato da direita que não tem discurso, não tem projetos para a nação, só guerra suja e um mar de lama dos demotucanos.
O que está em jogo não são apenas duas candidaturas: é se a população quer que o projeto de diminuição pela primeira vez das desigualdades e da injustiças no Brasil terá continuidade e aprofundamento ou se será brecado e um governo similar aos dos anos 90 voltará ao poder, com os riscos de obscurantismo, repressão, entreguismo e outros tantos retrocessos.


Serra é do bem, você ainda acredita?

sábado, 16 de outubro de 2010

Paulo Preto especialista em rota de fuga

Ministro de FHC, Serra o que planejou tudo

Dilma em SP: "eu sinto que o povo está ao meu lado"

A grande mídia, a oposição e até mesmo lideranças da base governista alimentaram nos últimos dias a suspeita de que a segunda pesquisa Datafolha do segundo turno traria o candidato da direita, José Serra, encostado na candidata da esquerda, Dilma Rousseff (PT).
Mas não foi isso que aconteceu. Dilma continua com 8 pontos de vantagem sobre o tucano e o Datafolha ainda mostra um recorde na avaliação positiva do governo Lula.
Na segunda pesquisa feita pelo Datafolha no segundo turno da eleição presidencial, José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) obtiveram exatamente os mesmos percentuais da preferência do eleitorado que foram registrados no levantamento anterior, na semana passada: Dilma tem 54% dos votos válidos (em que são excluídos brancos, nulos e indecisos) contra 46% de Serra.
Apesar da polêmica sobre o aborto, que domina o cenário eleitoral às vésperas do segundo turno, o levantamento indica que não houve grande influência sobre o eleitorado.
Dilma Rousseff tem 51% dos votos de católicos contra 38% de Serra, números semelhantes ao da semana passada, sendo que o tucano oscilou um ponto para cima.
O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, disse que as pesquisas internas de acompanhamento diária da campanha, encomendadas ao Ibope e Vox Populi, indicam uma retomada do crescimento da candidata petista. Nesta sexta-feira, disse, a diferença foi ampliada para 10 pontos.
A aprovação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva cresceu três pontos percentuais desde o levantamento realizado na semana passada e atingiu 81%, o maior índice da série histórica do Datafolha.


sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Sensus: 59,6% acham que Dilma vence e 29% Serra

A pesquisa Sensus revelou um alto índice de solidificação na preferência do eleitorado no segundo turno presidencial. Os índices na pesquisa espontânea, quando uma lista com os nomes dos candidatos não é apresentada aos entrevistados, mostram Dilma com 44,5% e 40,4% Serra. Outros nomes foram citados por 0,6% e brancos e nulos são 4%. Indecisos chegam a 10,6%.
São percentuais parecidos aos da pesquisa estimulada, em que Dilma tem 46,8% e Serra 42,7%. Para o presidente da CNT, Clésio Andrade, esses números são altos e favoráveis à candidata petista, pois ela está numericamente à frente de Serra e há pouco espaço para a mudança de voto.
"Há uma solidificação do voto espontâneo, bastante elevado", avaliou Clésio Andrade, presidente da CNT. Clésio lembrou a conclusão da última pesquisa feita antes do primeiro turno, divulgada em 29 de setembro, em que disse que a eleição estaria tecnicamente definida, com uma vitória de Dilma Rousseff no primeiro turno.
Embora não quisesse soar conclusivo desta vez, ele atribuiu a virada à onda de boatos de que Dilma foi alvo.
"Foi um processo de difamação que pegou", disse o presidente da CNT, que também avaliou este segundo turno:
"É uma eleição que hoje não dá para fazer prognóstico, saber quem ganha.
Pelo levantamento, a rejeição dos dois candidatos é parecida: 35,4% não votariam em Dilma e 37,5% não escolheriam Serra de jeito nenhum. Os entrevistados também foram questionados sobre quem eles acham que vencerá o segundo turno. Para 59,6% a vitoriosa será Dilma, enquanto 29% acreditam na vitória de Serra. Outros 11,4% não responderam.
A pesquisa revelou ainda que 62,2% dos brasileiros acompanharam o programa eleitoral gratuito na TV e/ou no rádio. Destes, 38,4% avaliaram o programa de Dilma como o melhor, contra 25,7% de Serra, 8,1% que não responderam. Os outros 37,9% não acompanharam a propaganda eleitoral.
O levantamento mostra também que 14,9% das pessoas que assistiram o debate realizado pela TV Bandeirantes no domingo acham que a petista Dilma Rousseff se saiu melhor. Outros 12,4% preferiram o desempenho do tucano José Serra e 3,7% não responderam. No total, 69,1% não assistiram ao debate.

Dia dos professores, Serra "aos mestres com carinho"

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Dilma lidera em todas as pesquisas de 2º turno

Ibope
Pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira indica que a candidata Dilma Rousseff (PT) está seis pontos à frente no segundo turno das eleições presidenciais, com 49 por cento das intenções de voto, enquanto José Serra (PSDB) tem 43 por cento.
Considerando apenas os votos válidos (sem contar brancos, nulos e indecisos), Dilma alcança 53 por cento e Serra 47 por cento, também com diferença de seis pontos a favor da petista.
A pesquisa Ibope, divulgada pela Rede Globo, foi realizada entre 11 e 13 de outubro junto a 3.010 eleitores, com margem de erro de 2 pontos percentuais.
Vox Populi
No Vox Populi divulgado pouco antes pelo portal iG e pela TV Bandeirantes, Dilma aparece com diferença maior sobre Serra, de oito pontos no cálculo total (48 por cento contra 40 por cento) e de 9,1 pontos nos válidos (54,5 por cento contra 45,4 por cento).
A pesquisa do Vox Populi foi realizada nos dias 11 e 12, com três mil entrevistados.
Todos eles foram realizados após o debate entre os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) no último domingo, realizado pela Band/ TV Clube, e devem trazer as impressões dos eleitores sobre o desempenho dos candidatos na primeira semana da campanha do segundo turno eleitoral.
Datafolha
O Datafolha divulgado no sábado, a primeira pesquisa do segundo turno, mostrou números similares aos do Vox Populi. Dilma ficou com 48 por cento e Serra com 41 por cento no cálculo total. Considerando apenas os votos válidos, a petista teve 54 por cento contra 46 por cento de Serra.
Novas pesquisas nesta semana
CNT/Sensus
CNT/Sensus deve ser divulgado nesta quinta-feira,14/10, e foram encerrados hoje, quarta-feira. Os questionários foram aplicados para duas mil pessoas entre os dias 11 e 13.
Datafolha
Já o levantamento da Datafolha, com 3.220 entrevistados, será feito amanhã e na sexta-feira, e deverá ser divulgado no sábado, 16/10.

(Com informações da Reuters)

terça-feira, 12 de outubro de 2010

A verdade dói: Serra só dá bola para os ricos

TSE mantém no ar inserção de Dilma considerada ofensiva por Serra
O ministro Joelson Dias, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), negou liminar em que o candidato à Presidência da República José Serra pedia a suspensão da veiculação de propaganda de 15 segundos, na modalidade inserção, que está sendo veiculada desde a manhã deste sábado (9) no rádio, no tempo reservado à também candidata Dilma Rousseff. Para Serra, a inserção configuraria insulto à sua honra.
De acordo com a coligação “O Brasil pode mais”, que apóia Serra, trechos do jingle questionado diriam que “Serra só da bola pra rico” e que ele diz que é do bem “mas é do PSDB, ele é da turma do FHC”.
Liminar
Em análise preliminar, o ministro Joelson Dias afirma que não vislumbra “imputação precisa que respalde, sem margem de dúvida, a relevância jurídica do pedido e, consequentemente, autorize o deferimento da liminar reclamada”.
Direito de resposta
Além da suspensão da inserção, a coligação “O Brasil pode mais”, pediu também o direito de reposta pelo tempo de um minuto para cada vez que esta inserção for veiculada.
Para o ministro, somente quando da análise mais detida da ação, por meio do exame do mérito, é que se poderá concluir se a propaganda ultrapassa o direito de crítica e se veicula suposta mensagem ofensiva apta a possibilitar o referido pedido de direto de resposta.


12 de outubro, dia da padroeira do Brasil

Nossa Senhora da Imaculada Conceição Aparecida
é um título católico dedicado a Maria, mãe de Jesus de Nazaré.
O seu santuário localiza-se em Aparecida, no estado de São Paulo,
e a sua festa é comemorada anualmente em 12 de outubro.
Nossa Senhora Aparecida é a padroeira dos Católicos do Brasil.
Nota do autor: Sou devoto de Nossa Senhora Aparecida


segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Colocando na balança: FHC/Serra X Lula/Dilma

Intelectuais e artistas lançam manifesto pró-Dilma

Professor Emir Sader
Um grupo de artistas e intelectuais liderados por Leonardo Boff, Chico Buarque, Emir Sader e Eric Nepumuceno está articulando adesões ao manifesto abaixo de apoio político a eleição de Dilma Roussef.
Manifesto de artistas e intelectuais pró-Dilma
"Nós, que no primeiro turno votamos em distintos candidatos e em diferentes partidos, nos unimos para apoiar Dilma Rousseff. Fazemos isso por sentir que é nosso dever somar forças para garantir os avanços alcançados.
Para prosseguirmos juntos na construção de um país capaz de um crescimen to econômico que signifique desenvolvimento para todos, que preserve os bens e serviços da natureza, um país socialmente justo, que continue acelerando a inclusão social, que consolide, soberano, sua nova posição no cenário internacional.
Um país que priorize a educação, a cultura, a sustentabilidade, a erradicação da miséria e da desiguladade social. Um país que preserve sua dignidade reconquistada. 
Chico Buarque
Entendemos que essas são condições essenciais para que seja possível atender às necessidades básicas do povo, fortalecer a cidadania, assegurar a cada brasileiro seus direitos fundamentais.
Entendemos que é essencial seguir reconstruindo o Estado, para garantir o desenvolvimento sustentável, com justiça social e projeção de uma política externa soberana e solidária.
Entendemos que, muito mais que uma candidatura, o que está em jogo é o que foi conquistado.
Por tudo isso, declaramos, em conjunto, o apoio a Dilma Rousseff.
É hora de unir nossas forças no segundo turno para garantir as conquistas e continuarmos na direção de uma sociedade justa, solidária e soberana".

domingo, 10 de outubro de 2010

Mobilização da militância dos movimentos sociais

Uma contraofensiva, dos movimentos populares e dos setores progressistas da Igreja em favor da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, começou a ser articulada esta semana e, na próxima, ganham as ruas dois manifestos em favor da petista. Um deles, assinado pela Via Campesina e outros movimentos sociais, conclama "a militância de todos os movimentos sociais" a se engajarem na campanha para a eleição de Dilma.
Até agora, aderiram a essa posição a Via Campesina, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), o Movimento das Mulheres Camponesas (MMC), o Sindicato dos Engenheiros do Paraná, a Marcha Mundial das Mulheres, o Centro de Estudos Barão de Itararé (blogueiros progressistas) e a Uneafro.
Segundo fonte envolvida nessas articulações, correntes do PSOL e movimentos ambientalistas ligados à Marina mostraram interesse em aderir ao movimento, mas devem esperar posição de seus partidos.
O documento é o primeiro passo de uma estratégia de mobilização dos setores sociais em favor de Dilma.
O segundo momento é o envolvimento das bases dos movimentos na campanha do segundo turno, em favor de Dilma. Ainda assim, apesar da adesão à petista, os movimentos reiteram "a autonomia política frente aos governos".
"Precisamos derrotar a candidatura Serra, pois ela representa as forças direitista e fascistas do país", diz o manifesto, que vai coletar adesões até amanhã.
Em relação a Marina Silva, candidata do PV no primeiro turno - que tem uma histórica ligação com os movimentos sociais -, o documento foi implacável. "Quanto à candidatura de Marina Silva, cumpriu o objetivo a que se propôs: o de provocar um segundo turno nessa campanha eleitoral. O tempo dirá se o seu êxito serviu para fortalecer a democracia ou foi utilizado para que as forças conservadoras retornassem ao poder."



sábado, 9 de outubro de 2010

Datafolha e os votos válidos: Dilma 54% e Serra 46%

Se o segundo turno fosse realizado hoje, a ex-ministra Dilma Rousseff, do PT, venceria com 48% dos votos totais, contra 41% de José Serra, do PSDB. Considerando os votos válidos (sem brancos e nulos), o resultado seria 54% a 46%. É o que indica nova pesquisa do Datafolha, encomendada pelo jornal "Folha de S.Paulo" e pela Rede Globo, feita na última sexta-feira com 3.265 eleitores em 201 cidades do país, e que será publicada neste domingo.
A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, Dilma varia de 52% a 56% e Serra de 44% a 48%.
Nas faixas de renda
Até dois salários mínimo (Até R$ 1.020,00) Dilma tem 52% e Serra 37%.
De dois a cinco salários (de R$ 1.021 a 2.550), a petista tem 47% contra 41% do tucano.
Entre cinco e dez salários (de R$ 2.551 a R$ 5.100), Dilma tem 40% e 48% de Serra.
Entre os mais ricos, Serra tem 58% contra 33% de Dilma.

Brasil unido em sua diversidade política, étnica, cultural e religiosa

A coligação "Para o Brasil Segurir Mudando" e aliados pela eleição de Dilma Rousseff divulgaram ontem um manifesto em que conclamam “todos os homens e mulheres” à mobilização, para que se faça ouvir mais fortemente “a voz da mudança” do que “a voz do atraso, da calúnia, do preconceito, da mentira, dos privilégios”.
O documento considera “mergulhada em contradições” a candidatura da oposição ao Governo Lula liderada por José Serra (PSDB). “Tenta atrair os verdes, mas não pode tirar o velho e conservador DEM de seu palanque. Denuncia aparelhismos, mas já está barganhando cargos em um possível ministério.
Proclama-se democrata, mas persegue jornalistas e censura pesquisas. Seus partidários tentam sair dessa situação por meio de uma série de manobras que buscam confundir o debate político nacional. Espalham mentiras e acusações infundadas”.
O manifesto condena a exploração eleitoreira da religiosidade popular.
“Queremos um Brasil unido em sua diversidade política, étnica, cultural e religiosa. Por essa razão repudiamos aqueles que querem explorar cinicamente a religiosidade do povo brasileiro para fins eleitorais. Isso é um desrespeito às distintas confissões religiosas. Tentar introduzir o ódio entre as comunidades religiosas é um crime. Viola as melhores tradições de tolerância do povo brasileiro, que são admiradas em todo o mundo. O Brasil republicano é um Estado laico que respeita todas as convicções religiosas. Não permitiremos que nos tentem dividir”.
A maior parte do documento produzido pela campanha de Dilma é dedicada a contrapor, aos governos tucanos comandados por Fernando Henrique Cardoso, as realizações do Governo Lula e às conquistas sociais e econômicas que os brasileiros obtiveram nos últimos oito anos.
A coligação e aliados destacam que “o que está em jogo é o confronto entre dois projetos”. Um desses projetos, afirmam, é o do “Brasil do passado, da paralisia econômica, do gigantesco endividamento interno, mas também da dívida externa e da submissão ao FMI. O Brasil que quase foi à falência nas crises mundiais de 95, 97 e 98. O Brasil de uma carga tributária que saltou de 27% para 35% do PIB. O Brasil dos apagões, e do sucateamento da infraestrutura. O Brasil da privataria, que torrou nossas empresas públicas por 100 bilhões de dólares e conseguiu a proeza de dobrar nossa dívida pública. E já estão anunciando novas privatizações, dentre elas a do Pré Sal”.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Coligação lança manifesto contra a "guerra suja"

O Partido dos Trabalhadores em nome da coligação  anunciou duas medidas importantes para combater os boatos e as falsidades contra a campanha de Dilma Rousseff.
A coligação Para o Brasil Seguir Mudando lançou um manifesto para acabar com a "guerra suja" vista no final do primeiro turno das eleições presidenciais.
O segundo ponto é o pedido à Polícia Federal (PF) para investigar a autoria do panfleto apócrifo distribuído ontem no encontro nacional do PSDB e aliados que apoiam a candidatura de José Serra. O texto orienta como difundir uma campanha contra Dilma na internet. O caso foi noticiado no blog do jornalista Fernando Rodrigues.
"O manifesto faz uma análise do primeiro turno e contém uma avaliação de como deve ser a discussão do segundo turno, que vai balizar a ação política da militância do PT e dos partidos aliados", disse o presidente do PT, José Eduardo Dutra, após reunião da Executiva do partido, em Brasília.
Segundo ele, "queremos evitar e repelir esta verdadeira guerra suja que está sendo feita por alguns setores, tentando inclusive colocar temas religiosos como centro de uma disputa eleitoral".
No documento, além de combate à boataria, os partidos da coligação querem comparar os projetos das gestões Lula e Fernando Henrique Cardoso. Também apontarão os problemas das privatizações dos anos 1990, a dependência de programas do Fundo Monetário Internacional e sobre o marco regulatório do pré-sal, que mudou o sistema de concessão para o sistema de partilha de produção de campos de petróleo.
“Vamos continuar fazendo uma campanha de debate de ideias, de projetos. Todas as vezes que nos sentirmos caluniados, atacados, todas as vezes que detectarmos prática de crimes vamos recorrer aos órgãos competentes", garante Dutra.