quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Presidente da UNE: "Serra traiu os estudantes"

Professores e estudantes da PUC de São Paulo promoveram nesta terça-feira à noite um ato de apoio à candidatura de Dilma Rousseff (PT) que lotou o teatro da universidade, o Tuca. Críticas ao tucano José Serra deram o tom do evento, do qual Dilma não participou. Compareceram, entre outros, o candidato a vice em sua chapa, o deputado Michel Temer (PMDB), Frei Betto, o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos e a senadora eleita Marta Suplicy (PT-SP), além do assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, e do deputado José Eduardo Cardozo, coordenadores da campanha petista.
Gabriel Chalita, eleito deputado federal pelo PSB e que já foi tucano, classificou a campanha como "uma das mais feias" de todos os tempos por causa, segundo ele, da postura de Serra:
"A UNE continua defendendo Petrobras, universidade pública, ensino de qualidade. A UNE não traiu, como Serra, sua história"
O presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Augusto Chagas, atacou Serra como ex-presidente da entidade.
"Serra foi o único ex-presidente da UNE que veio a público para atacar a UNE, assim como atacou professores e a educação. Disse que a UNE mudou de lado, mas reafirmo que não. A UNE continua defendendo Petrobras, universidade pública, ensino de qualidade. A UNE não traiu, como Serra, sua história - disse ele.
Um manifesto que já teria mais de duas mil assinaturas de professores universitários de todo o país circula pela internet numa campanha contra Serra. Com o título "Manifesto em Defesa da Educação Pública", o texto afirma que os professores consideram um retrocesso as propostas e métodos políticos do PSDB. Assinaram o documento nomes como os professores Fábio Konder Comparato, Alfredo Bosi e Antônio Cândido, da USP, Ivana Bentes, da UFRJ, e a filósofa Marilena Chauí.
O manifesto afirma que o histórico de Serra como governante é "preocupante" e lembra que foi em sua gestão que a USP foi invadida por policiais armados, atirando bombas de gás lacrimogêneo. "Os salários dos professores de USP, Unicamp e Unesp vêm sendo sistematicamente achatados".

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