quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Economia do país cresce mais que a dos EUA

No dia 15 de setembro de 2008, o mundo acordou com uma notícia que mudaria os destinos econômicos de bilhões de pessoas nos anos seguintes. A quebra do banco Lehman Brothers deu início a pior crise financeira mundial desde 1930. Em uma semana, o banco perdeu 77% do seu valor de mercado e abriu uma quebradeira no sistema financeiro internacional sem precedentes da história.
Nesse momento, o governo também mostrou outra forma de gerir crises financeiras. Não seriam mais anunciados pacotes completos, da década de 1990, com forte desaceleração da economia. O presidente e Lula e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, anunciaram medidas pontuais e certeiras, com soluções concretas e eficazes para cada setor da economia. Nada de improviso, como se fazia nos anos dos tucanos no país.
Em outubro, o governo percebeu que o melhor jeito de atravessar a crise mundial e transformá-la numa marolinha seria colocar o pé no acelerador e estimular o mercado interno. Naquele mês, foram liberados créditos adicionais para os produtores rurais, cerca de R$ 5,5 bilhões adicionais ao Plano Safra anunciado tradicionalmente em junho. A construção civil teve acesso a créditos adicionais de R$ 11 bilhões, e o BNDES recebeu uma injeção de R$ 7 bilhões do FGTS só para o setor da infraestrutura.
Em novembro, em mais uma resposta forte, o governo anunciou uma nova ampliação do crédito para as empresas e criou linhas especiais de financiamento de eletrodomésticos pela Caixa Econômica Federal de R$ 2 bilhões. Também são criados estímulos aos exportadores e recursos extras do BNDES para capital de giro de pequenas e médias empresas.
O mês de dezembro foi a vez da retirada do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos novos e da redução do o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para compras a prazo e cheque especial. Foi uma renúncia fiscal de mais de R$ 8 bilhões. O Brasil estava preparado para entrar em 2009, acelerando o consumo e reduzindo os efeitos da crise iniciada nos Estados Unidos e que se aprofundou nas economias ricas do continente europeu.

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